quarta-feira, 17 de novembro de 2010

E no final...

TUDO dá certo. Nem sempre da maneira que esperamos e sonhamos, mas SEMPRE tem um final feliz quando se mexe com SONHOS E AMOR.

Ando numa fase super complicada, mas depois de ler esse texto, me dei conta que realmente em algum momento as coisas não saem exatamente como esperado, mas que podemos aproveitar tão quanto se tivesse saído tudo exatamente como planejado.

Dei uma pausa no trabalho aqui rapidinho e fui andar por uns blogs... encontrei essa história que me deixou em lágrimas, mesmo odiando que NADA nessa minha vida sai como planejado, PRECISO reconhecer que tudo no FINAL sai melhor do que o planejado.

Mais uma lição de vida...


"Acho que todas as noivas do mundo vão concordar comigo. Depois que a gente volta da lua de mel, volta à vida normal, o que todo mundo pergunta é: como foi o grande dia? Deu tudo certo?

Sinceramente, não sei o que responder quando as pessoas me perguntam. E quem esteve lá entende o porque.

Por isso vou tentar contar aqui o que foi o dia 23 de outubro de 2010.

Na semana do casamento, a “querida” Prefeitura de Santana de Parnaíba resolveu colocar andaimes por fora da igreja para iniciar uma restauração. Fomos conversar sobre isso na igreja e tivemos a afirmação de que até o sábado os andaimes seriam retirados. Confiamos.

Na mesma semana ficamos sabendo também de uma tal micareta que seria realizada na praça da matriz. Isso, sim, me deixou inconformada! Como uma micareta bem no dia??

Nos garantiram que a micareta começaria às 14h e o som seria desligado às 16:30h, e que não atrapalharia o casamento. Nos explicaram que era uma festa organizada por um político da região, e que ele faz todo ano, com certeza a fim de ganhar votos do povo idiota que se vende por migalhas (Conhecem alguém assim? Um tal Presidente da República? Hein?).

Pois bem, na sexta-feira, véspera do casamento, fiquei sabendo que os andaimes estavam todos lá! Nove metros de andaimes horríveis, com apenas uma abertura para a porta da igreja. E que a micareta se realizaria, sim, e não sabiam a que horas desligariam o som.

Alguém aí consegue imaginar o que passa nos corações de 2 pessoas que juntaram cada centavo, que sacrificaram feriados, finais de semana, comemorações, para guardar dinheiro, para realizar um sonho? Alguém consegue mensurar o tamanho da dor que esses corações sentiram?

Acho que não…

Alguns de vocês que estão lendo esse relato e conhecem nossa vida de perto sabem bem de tudo o que aconteceu durante esse ano todo. Sabem de todos os problemas (que não foram pequenos), do ano atribulado e difícil que tem sido especialmente para minha família, e consequentemente para o Chris, por estar sempre conosco. Sabem o quanto nos agarramos à esse casamento como uma forma de amenizar nossos corações diante de tantas dificuldades. E de repente vemos mais esse obstáculo.

A sexta-feira foi um dia duro, pesado, difícil. Minha sogra passou o dia na igreja, tentando resolver. Meu irmão foi para lá também tentar conversar com quem conhecia. Meu pai passou o dia no telefone com o vice-prefeito. Eu e Christian estávamos terminando de fazer tudo o que precisava ser feito ainda. E chorando. Muito.

Fomos dormir com uma promessa do vice-prefeito, que os andaimes seriam retirados até meio dia, e que o som seria desligado às 16h. Dormimos um pouco mais tranqüilos. Ou melhor… eu não dormi.

Acordamos muito cedo. Muito cedo MESMO. Às 6h eu já estava no carro, indo para a igreja, para ver se começaram a tirar os andaimes. Nada.

Fomos para casa e continuamos montando os arranjos de mesa, o modelo da mesa do bolo, e com o celular em mãos. Chris ligava de meia em meia hora para a igreja para perguntar como estava a situação. Nada.

Uma hora da tarde. Fomos para o salão. Eu, minha mãe, minha irmã, Natália e minha madrinha Bárbara. Coração ansioso, muitas risadas, mulheres se embelezando. Mas minha cabeça não descansava. Não almocei.

Saímos do salão, corremos para nos arrumar no hotel. Meu pai veio me buscar e seguimos no mesmo carro: eu, minha mãe, minha irmã, Natália e meu pai.

Coração muito acelerado, muita excitação. E chegamos na cidade.

Uma multidão na frente da igreja. Multidão mesmo. MESMO.

Meu coração? Partido. Um desespero, uma decepção sem fim. Chorei. Chorei muito. E estou chorando agora escrevendo para vocês relembrando aquele momento.

As mulheres desceram do carro e fiquei a sós com meu pai. Ali, naquele momento, tive vontade de sumir, voltar pra casa, esquecer de tudo, desaparecer.

As pessoas gritavam, iam pra cima do carro, meu pai acelerava, ameaçando atropelar, eles gritavam mais ainda.

Batiam no vidro, queriam ver a noiva. Aqueles adolescentes, todos bêbados, com garrafas e latinhas em mãos.

Não posso julga-los, estavam ali fazendo o que chamam de “curtir”, não tinham nada a ver com meu grande dia, nem com meu sonho. Mas estavam ali, sem respeito algum, agindo como animais, como é de costume nessas tais festas populares.

Meu pai me pedia calma, dizia que agora não adiantava chorar nem se desesperar, o problema estava ali, e não havia nada que pudéssemos fazer para evitá-lo, somente enfrentá-lo. Pediu para que eu tivesse calma e fosse cordial ao sair do carro, pois estavam todos com latinhas e copos em mãos e poderiam atirar em mim, caso eu tivesse uma reação mais rude.

Passei incontáveis minutos dentro daquele carro, sentindo meu sangue gelar, meu coração partir-se. Tudo o que vivi nesse último ano passou pela minha cabeça. E chorei.

Todo o sacrifício, toda a luta, todas as risadas, todas as conquistas. Tudo.

Quando vejo a polícia chegando, com cães, se posicionando, organizando, e aqueles cães avançando naqueles jovens incontroláveis. Fizeram um cordão de isolamento da porta do carro até a igreja.

Vejo o cerimonialista da igreja vindo em direção ao carro, e aquele filme passando na minha cabeça. De repente a frase do meu pai: “O limão ta aí, minha filha. Bora fazer a limonada agora!”

Aquilo me deu uma certa injeção por dentro, senti meu sangue novamente esquentar, meu coração bateu forte. Na minha cabeça só um pensamento: “Limonada?? Vou fazer é uma caipirinha!!”

Quando a porta do carro se abriu, desci do carro sob aplausos. Aquela farra que adolescentes gostam de fazer, meio que tirando um sarro, sabe?

Então nesse momento subi o primeiro degrau da igreja, levantei os braços, chacoalhei o buquê e gritava: Uhuuuuu!!!!

Garanto que nunca ninguém jamais viu uma noiva ser tão aplaudida! A multidão veio abaixo!! Gritavam, batiam palmas, batiam os pés, tiravam fotos, pediam pra eu olhar pra eles! E eu mandava beijinhos pra multidão!!

As meninas gritavam enlouquecidas pra eu jogar o buquê, os meninos assobiavam e gritavam: “Noi-va! Noi-va! Noi-va!”

O cerimonialista ria, meu pai ria, até os policiais queriam rir. Foi a situação mais bizarra que já passei na minha vida!

Enfim entrei na igreja sob um coro de sei lá quantas pessoas: “Com quem será? Com quem será que a noiva vai casar!”

Dentro da igreja as pessoas olhavam assustadas para a porta, ouvindo os gritos e sentindo o chão tremer com tamanha bagunça que aprontei lá fora. E riam muito! Só sei disso porque vi nos vídeos (obrigada, Sam!! Hahaha…).

Ali, paradinha na porta da nave, ouvindo os gritos de “Aaaaahhhh…” quando o cerimonialista fechou a porta principal da igreja impedindo a multidão de acompanhar o casamento, senti que podia qualquer coisa. Inclusive CASAR.

Entrei e vi aquelas pessoas me olhando, nossos amigos, nossa família, todos ali, vibrando muito positivamente. Senti uma coisa muito boa!

Olhei pra frente e o vi. O noivo. Uma cara mais inchada que sapo cururu na beira do rio. Vermelho, chorando muito. Tive vontade de correr e abraçá-lo, mas não pude. Foi o noivo mais lindo e mais emocionado que já vi na vida!

A cerimômia foi muito rápida, muito mesmo. O diácono estava mais atrapalhado que nós. Mas durou o tempo necessário para que ele dissesse: “Eu vos declaro marido e mulher”.

Rimos muito, no altar mesmo. Eu tinha vontade de gargalhar de alegria. Chris chorava, suava e ria. A cada atrapalhada nossa, escutávamos as pessoas rindo.

Tinha tudo pra dar errado. Tudo, tudo, tudo. Mas deu tudo certo! No meio de tantas coisas erradas, acho que acabou sendo da forma como queríamos. Sem enrolação, sem cafonice e com muitas risadas!

Casamos, gente! Casamos da maneira mais anticonvencional que poderia haver!

Mas o que vocês esperavam de um casal que tem como site de casamento Sushi com Macarrão, hein??
"

Beijos
Pry

2 comentários:

  1. Pry,

    Sabe... EU sei exatamente como vc se sente, viu!
    Não conheço sua história, não sei da sua vida, mas sei como é sentir que nada na vida da gente sai como planejado!

    Nunca tive amigas comuns, turminha comum, festas de aniversários comuns. Nunca tirei notas exemplares na escola, nunca fui a super rebelde também.
    Nunca fui às excursões com amigos, como td mundo. Nunca dormi na casa das amigas, como todo mundo.

    Nunca nada na minha vida foi como as minhas amigas, e chega uma hora na vida que isso deixa a gente tão cansada, tão estafada, que dá vontade de dar um pé na vida!!

    Mas existe um trem chamado AMOR. Negócio difícil de entender, nem tem explicação, mas ele vem de formas bem esquisitas às vezes.

    Precisei passar por tudo isso, me sentir "rebaixada" por pessoas que tem casamentos "perfeitos", escrever e colocar meu sentimento em meu próprio blog, sem a intenção de ser muuuuuito lido, mas lido por pessoas próximas.

    E de repente, o que acontece? Uma explosão de amor e carinho vinda de todas as partes!!

    Sabe de uma coisa? É bem legal não ter tudo tããão planejado, sabia? Dá um gosto especial!

    Faça tudo com muito amor, é só o que posso te aconselhar (se é q tenho esse direito). Faça tudo com seu coração, e o amor vem em dobro, de lugares onde vc menos imagina!!

    Um beijão!!

    Fê.

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  2. Nem precisa dizer que me emocionei, né?!

    Beijos

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